Olá! Seja Bem-vinda(o).
Nesse sétimo post, saindo uma jornada que busca explicar desde o início os fundamentos mais importantes para quem é iniciante ou quer apenas se aprofundar sobre meditação, falaremos mais detalhadamente sobre disciplina e treinamento durante a prática meditativa. Se você perdeu os últimos posts, volta lá 😉
Como discutimos anteriormente, manter nossa atenção e consciência sem nos distrair e nos perder em pensamentos é muito difícil e a única forma de conseguir alcançar alguma estabilidade é através da prática constante. Lembrando que a importância não está na quantidade da atenção que você consegue ter, mas se consegue ter consciência do que está acontecendo.
Manter-se motivada(o) e disposta(o) a continuar, repetidamente, a trazer sua consciência de volta quando percebe que se distraiu, requer disciplina.
E quero que sua leitura dessa palavra seja referente à sua origem, discípulo: Alguém em processo de aprendizagem. Perceba que é algo muito diferente de obediência, subordinação ou acatamento.
Esse processo de tentar sustentar nossa atenção de forma constante é bastante desafiador, por isso é imprescindível fazê-lo com carinho e ternura, estando cientes que o faremos quantas vezes forem necessárias e livres de qualquer tipo de julgamento ou questionamento, como: ” Será que estou fazendo certo?” “Nossa, esse negócio não é pra mim! Não consigo me concentrar!”.
Lembre-se de que não existe um jeito certo, você só precisa estar consciente de que se distraiu – e você irá se distrair! – e voltar para onde estava. Sem nenhum ponto de vista, raiva, angústia por não conseguir ou pré-julgamento. Apenas voltar sem tentar corrigir ou mudar nada.
Quando você se sentar para meditar, provavelmente estará em um momento do seu dia sem que nenhuma ação imediata precisa ser tomada, assim, sua mente automaticamente se sentirá na sua sala de TV.
Vai pular de um pensamento para outro, te fazendo se sentir numa montanha russa de emoções: Vai lembrar de coisas passadas, projetar ações futuras, fantasiar inúmeras situações, preocupar-se, aborrecer-se, fará julgamentos, críticas, gostará e desgostará de muitas coisas, brigará e se confraternizará com várias pessoas, enfim…
Os tibetanos comparam a forma como nossa mente processa esses pensamentos com um macaco louco, pulando de galho em galho sem qualquer critério ou necessidade.
Para os iniciantes, que ainda não estão familiarizados com a mudança de um estado mental do que eu chamo de gente que faz para gente que observa antes de meditar, é um momento importante que demanda cuidado e atenção com seus pensamentos.
Isso porque fatalmente sua mente começará a te entupir de uma nova série de idéias e opiniões sobre meditação, sobre como você está se comportando, que sua performance deveria ser muito melhor, que “esse negócio de meditar” é muito difícil, que está muito chato, “onde você estava com a cabeça quando inventou esse negócio?”, …
Sua mente empreenderá uma nova missão de “salvá-lo” do que ela acredita ser uma perda de tempo, usando argumentos do tipo ” Como ter consciência de que você se distraiu pode trazer algum benefício para a nossa vida?”
Você precisa ter cuidado para não se tornar intrinsecamente ligado à sua mente a ponto de não perceber que existe uma diferença entre ela e sua consciência, caso contrário essa enxurrada de pensamentos repetitivos dominará a sua vida.
Quando começamos a meditar conseguimos perceber, mesmo de forma rápida, que existe uma separação entre mente e consciência.
Afinal, se você percebe que não conseguiu manter sua atenção ao momento presente significa que:1. Existe uma mente que se distraiu em pensamentos aleatórios. 2. Existe uma consciência que percebeu que a mente se distraiu.
Essa percepção, por si só, quando devidamente observada e entendida, é extremamente libertadora!
Significa que, entre tantos outros novos desdobramentos para sua vida, é possível deixar de operar no modo piloto-automático e deixar de repetir padrões e comportamentos indesejados, mas que lhe são quase que impostos pela forma como a mente funciona sem que você se dê conta disso.
Voltaremos a nos aprofundar em novas questões nos próximos posts.
Até lá!
E não deixe de comentar suas impressões ou dúvidas!
Seja Feliz!
Namastê

Treinando a atenção e a consciência
Você precisa ter cuidado para não se tornar intrinsecamente ligado à sua mente a ponto de não perceber que existe uma diferença entre ela e sua consciência, caso contrário essa enxurrada de pensamentos repetitivos dominará a sua vida.




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