Olá! Seja Bem-vinda, seja bem-vindo.
Ao longo dessa série de posts, discutimos bastante sobre o benefício da meditação como meio para tomarmos contato com nossa consciência e, a partir daí, estar mais atentos aos nossos pensamentos – sobretudo aos repetitivos e automatizados – que contribuem bastante para que sentimentos, emoções e atitudes se perpetuem nas nossas relações e, sem o nosso real controle, continuem a direcionar os rumos da nossa vida.
Quando digo nosso me refiro à nossa essência. A pessoa que realmente somos quando não estamos soterrados e presos no seguinte ciclo vicioso:
Medos – que disparam auto-identificações – que levam à pensamentos reincidentes – que automatizam nossas atitudes – que reagem às falsas certezas – que finalmente tomam atitudes e adotam comportamentos muito distantes da nossa singularidade e retroalimentam os nossos medos.
Estar consciente é estar atento ao momento presente, aos fatos que se desenrolam no aqui e no agora. É estar atento portanto aos detalhes para não se deixar levar e cair novamente nesse ciclo.
O exercício da meditação e principalmente seus resultados se estendem para muito mais que ao momento dedicado à sua prática.
Meditar é aprender a observar nossas auto-identificações e perceber que elas existem, permitindo-nos questioná-las.
Meditar é aprender a observar nossos pensamentos, identificar os que se repetem e avaliar o benefício de silenciá-los.
Meditar é aprender a observar nossas atitudes antes que elas aconteçam e principalmente aprender a observar e a reavaliar nossas certezas.
Para isso, é imprescindível não se deixar levar pelo conteúdo dos pensamentos e sentimentos que emergem quando estamos meditando. É preciso apenas observá-los, sem alimentá-los, sem interagir ou dar-lhes atenção.
Por mais que eles não sejam caros e emocionalmente fortes e presentes.
Muitos dos problemas e dos medos que você possui não irão desaparecer, ou ficarão essencialmente muito diferentes só porque você pratica meditação.
Mas a meditação permitirá a você observá-los de uma maneira neutra, sem julgamentos, sem estar emocionalmente envolvido. Apenas os observando da forma como eles são. Assistindo-os passar pela sua mente, entendendo de onde vem e para onde vão quando apenas observados, sem se ligar nem se relacionar com eles.
E, quando meditamos e podemos observá-los sob essa ótica apenas passiva e contemplativa, mudamos a forma de interpretá-los.
E mudar a sua forma de interpretá-los é algo muito significativo!
Pode ser a melhor, quando não a única, maneira de superá-los, uma vez que observando-os sob novas perspectivas, abrimos espaço para novas possibilidades. Novos pensamentos, novos sentimentos e principalmente novas ações.
Permita-se estar aberto à novas experiências e esteja atento às suas próprias suposições sobre como a vida se desenrolará.
Procure analisar mais a fundo a aparência das suas certezas.
Atente-se aos detalhes. Use a mesma qualidade da atenção que você dedica à sua meditação, para observar seus pensamentos, sentimentos, emoções e suas certezas.
Mas o ponto mais importante é aceitar o Não Saber.
É preciso desconstruir a ideia que fomos condicionados a ter sobre não saber das coisas. De alguma forma, sempre fomos condicionados que “não saber” algo é errado e muito ruim.
Lembra-se do nosso segundo post? “O potencial na consciência do iniciante”? É exatamente sobre isso.
Tudo o que nós humanos criamos surge de uma ideia. Essa é a primeira ação.
A segunda é aceitar que não sabemos, pelo menos até aquele momento, como realizá-la. E é justamente aceitar Não Saber que nos motiva a empreender outras zilhões de ações para tornar essa ideia possível.
O objetivo deste post é convidá-lo a estender sua prática de estar atento ao momento presente para além dos seus momentos de meditação.
É adotar essa atitude de observação para todos os momentos da sua vida.
Na medida em que você adota uma disciplina (tema do nosso sétimo post :“Treinando a Atenção e a Consciência”) e um ritmo de exercício e treinamento, levar nossa consciência para um passeio e gradualmente incorporá-la ao nosso dia-a-dia é o grande objetivo de todo meditador.
Vejo você nos próximos posts. Até lá!
Seja Feliz!
Namastê

Brincando e redescobrindo o mundo com nossa consciência
O objetivo desse post é convidá-lo a estender sua prática de estar atento ao momento presente para além dos seus momentos de meditação. É adotar essa atitude de observação para todos os momentos da sua vida.




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