Olá! Seja Bem-vinda, seja bem-vindo.
No nosso último post nos aprofundamos sobre como o conceito fundamental da meditação está baseado em Não Fazer Nada.
Se você ainda não leu, meu conselho é voltar e retomar de onde parou, para aproveitar melhor essa leitura. Lembrando que todos os posts, desde o primeiro, seguem uma linha imaginando uma jornada para o aprendizado de novos meditadores e interessados em aprofundar o conhecimento nesse assunto.
Se você leu o post anterior e está dando seus primeiros passos na prática, pode ser que agora esteja se perguntando:
– Mas Helena, se meditar significa não ir a lugar algum, não precisar fazer nada e não ter o que alcançar, como farei algum progresso?
– Como serei capaz de mensurar minha evolução, minhas realizações?
– Qual é então o sentido de tudo isso?
Uma vez que você se prontifique a adotar, a partir de uma disciplina construtiva (como vimos no capítulo 4) e uma rotina de prática constante, aprenderá a conseguir ancorar sua atenção cada vez mais ao momento presente, sem realizar qualquer tipo de julgamento, retomando sua consciência com carinho e paciência a cada vez que ela se perder.
Da mesma forma conseguirá ignorar os apelos de uma série de pensamentos, que imploram e usam de todos os meios possíveis para ter sua atenção, forçando-o a alimentá-los e a interagir com eles.
Lembre-se, a nossa intenção é apenas observar nossos pensamentos, vê-los vindo e indo e estar mais intimamente ligado a eles, perceber a sua origem e o seu conteúdo antes de realizar qualquer atitude. Se ela for recorrente e automática, você será capaz de percebê-la e avaliar se ela realmente faz sentido ou se é mesmo necessária.
E esse é um passo importante no sentido de mudar o que não te faz bem.
Esse é o sentido da prática da meditação e da atenção ao momento presente: Estar ligado e portanto consciente dos nossos sentidos e pensamentos a cada instante.
Por isso não há para onde ir, afinal você só pode estar no aqui e no agora.
Tampouco há o que fazer, pois antes é preciso observar para realmente enxergar e só então agir de acordo com nossa consciência.
E muito menos existe o que alcançar, pois não existe um super-poder para ser destravado ou um estado especial reservado à poucos privilegiados como algum tipo de iluminação ou revelação.
Embora experimentar estar conectado à nossa consciência é algo muito especial e extraordinário, ele é um estado que não precisa ser alcançado.
Ele já está aqui. Sempre esteve.
Só precisamos reaprender a acessá-lo através da meditação.
No próximo post abordarei novamente, de forma mais profunda, um medo muito comum de novos praticantes, que é não saber se estão fazendo o que eles imaginavam ser o “correto”.
Até lá!
Seja Feliz!
Namastê

Meditar pra quê?
Exercitar nossa atenção ao momento presente, através de uma prática diária de meditação, com um lugar e horários específicos, é apenas o primeiro passo. Podemos chamar esse primeiro momento de um ensaio. O motivo principal de meditar é conseguir levar esse estado mental de atenção – principalmente aos detalhes – para o dia-a-dia de seus…



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